A hipótese da simulação: Conheça a teoria por trás da série Matrix é um bom ponto de partida para leituras mais profundas dentro da ontologia. A linguagem é fácil, com exemplos da cultura pop, o que cativa pessoas que são leitores eventuais. Quem é fã de videogames com certeza entenderá o assunto melhor, já que é o fio condutor da primeira parte do livro. O autor Rizwan Virk usa vários exemplos de reportagens que foram publicadas no últimos anos, nos trazendo a impressão estar lendo um jornal ou uma revista.

A tradução tem boa precisão com os termos técnicos da Ciência da Computação, conservando os acrônimos em inglês, porém há eventuais erros de tradução:

  • Early 2D printers, typically called dot-matrix printers como As primeiras impressoras 3D, tipicamente chamadas de impressoras matrizes. O mais adequado seria: As primeiras impressoras 2D, geralmente chamadas de impressoras matriciais. p. 97

  • Jornada nas Estrelas - A próxima geração, sendo que no Brasil o título da série foi traduzido como Jornada nas Estrelas - A Nova Geração. p. 26

Virk peca em trazer referências, além de como faz elas. Boa parte se resume a links para artigos da Wikipédia na Internet. Apesar de defender uma filosofia imaterial, em nenhum momento ele cita expoentes como George Berkeley (1685-1753), porém não deixa de citar Platão e a onipresente Mito Alegoria da Caverna contida no livro 7 de Á República.

Por fim, o texto quase não traz referência ao filme que cita no subtítulo, tão pouco estrutura o texto numa formato de teoria, nem lato, nem stricto-sensu. Como bom Nerd, fã do filme, comprei o livro pela capa, mas depois de ler, fiquei com aquele gosto de arrependimento. Muito esotérico e místico.

A edição impressa no Brasil pela Citadel vem com uma sobrecapa (dust jacket) de 1/3 do livro. Mais decorativa do que funcional. O papel offset marfim agrada.

Nota: 5/10

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